Mercado Imobiliário sempre um bom negócio
Por dentro do
mercado Imobiliário
Há
muito tempo escuto e vejo por ai os “especialistas do mercado imobiliário”
falarem, exporem e pronunciarem prognósticos que podem até fazer sentido num
cenário macro econômico, mas não se olharmos para as questões regionais de
mercado.
Uma
análise cuidadosa de um comprador de imóvel não deve nem pode ser embasada em
um cenário que não seja o regional, e quando digo regional é o bairro que o
cliente quer comprar.
Muitos
clientes me perguntam: Mas os preços aqui
nos Jardins não vão cair? No Bairro do Paraíso não vão despencar? Na Vila
Mariana tinha ouvido dizer que estavam vendendo apartamentos na base do bingo...
Brincadeiras
a parte, não é isso o que acontece.
Não
podemos ter como parâmetro as grandes construtoras que tentam desovar seus
estoques oferecendo 20, 30, 40 por cento de desconto para poderem saldar suas
dívidas em bancos.
Devemos
observar que estes descontos estão sendo praticados em cima de imóveis que
foram altamente supervalorizados. Quem pode achar normal comprar um apartamento
de um dormitório de 35 metros quadrados na Bela Vista por R$ 550.000.00
(quinhentos e cinquenta mil reais)? Mais de meio milhão de reais?!
Não
obstante existir a vontade de comprar de um cliente, se ele analisa o mercado
utilizando os índices de lançamentos ou imóveis prontos, porém sem nenhum
acabamento, fica totalmente iludido em relação à realidade do mercado dentro da
micro região que pretende morar.
O
mercado de imóveis prontos e usados, excetuando alguns exemplos de pura
especulação, está devidamente dentro dos parâmetros de valor esperado para a
época.
Eu
explico: de 1985 a 2000 o mercado imobiliário ficou estagnado sem praticamente
nenhuma valorização, na época este tipo de investimento era até motivo de
chacota por parte de muitos ao dizerem que investir em imóvel era coisa para
português ou libanês, sendo que haviam investimentos no mercado financeiro
muito mais vantajosos.
Pois
bem, de 2000 a 2005 o mercado deu um pequeno sinal de vida. Mas, a partir de
2005 tivemos incentivos federais; oportunidades de mercado; empréstimos a juros
mais baixos; bancos privados seguindo na onda da Caixa Econômica Federal e
ampliando a oferta de crédito. Junta-se a isso o fato incrível do mercado imobiliário representar irrisórios 1,3% do PIB na época.
Os
imóveis começaram, então, não só a recuperar seus preços imensamente defasados
por anos de estagnação como também viraram um excelente investimento.
Os
bons ventos trazem os imóveis para um palco novo, iluminado e uma platéia
pronta para adquirir seu primeiro imóvel, mas também trazem atrás de si os
especuladores, aqueles caras e empresas que eu não sei por que cargas d’água
servem a não ser para estragar a festa e espalhar as rodas.
Embora
o momento seja de medo e incertezas, o mercado de usados solidificou-se,
excluiu os especuladores e agora vive um momento da estabilidade.
Mas os preços
de usados não vão cair?
Pode ser que no bairro da Saúde caia ainda uns 10 ou 15 por cento, mas na Vila
Mariana não. Mas tem certeza? E no bairro
dos Jardins? Pode ser que no Campo Belo caia ainda uns 12 ou 16 por cento,
mas nos Jardins com certeza não, pois os preços ali já estão estabilizados.
Pode até ser que pontualmente você consiga um negócio da China ou uma “galinha
morta”, porém pontualmente e com muita sorte. As galinhas não andam dando sopa
por aí.
O
mais importante é encontrar o imóvel que você quer, onde você se sente bem ou
onde seja seu sonho de consumo. Vejo pessoas que estão procurando a um, dois
anos e até agora não encontraram. Só existe uma explicação para tanto tempo de
procura: este imóvel ainda não foi construído ou está em outro lugar.
Fernando
Morad
Imagens e fotos
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